A lombalgia ou dor nas costas é uma das queixas mais freqüentes da humanidade. Superada apenas pelo resfriado comum, ela é a quinta causa de visita aos consultórios médicos nos EUA. Para se ter idéia da importância desse problema, basta entender que cerca de 85% da população mundial irá apresentar algum tipo de dor lombar em algum momento da sua vida, que pode vir só ou acompanhada por outros sintomas.
Entre as principais causas de dor lombar destacam-se: osteoartrose,fibromialgia, hérnia de disco, osteoporose, tumores, lesões musculares, síndrome miofascial, traumatismos, doenças sistêmicas internas, doença de paget, espondilite e osteomielite, deficiência de cálcio, doenças reumáticas crônicas, má postura e uso de calçado impróprio. O tratamento da lombalgia irá depender do diagnóstico da patologia e pode ser: farmacológico, não farmacológico, e cirúrgico.
Em geral, não existe o hábito de procurar um médico logo de início, o que é ocasionado pelo hábito nocivo da automedicação. Porém, é preciso ser mais cuidadoso quando o quadro vem associado com sintomas como fraqueza, alterações intestinais ou de bexiga; pessoas portadoras de osteoporose, câncer ou que tenham história recente de febre precisam de atenção médica imediata.
A dor lombar possui características ocupacionais e psicológicas. Trabalhadores com mais de 45 anos têm 25 vezes mais risco de faltarem ao trabalho por dor nas costas se comparado aos funcionários com idade abaixo de 24 anos. A grande maioria das dores lombares não são incapacitantes, mais da metade dos pacientes que apresentam este sintoma melhoram em uma semana enquanto que até 90% sentem-se aliviados em oito semanas. Porém, sabemos que 7 a 10% continuam a experimentar a dor após seis meses do início do quadro clínico.
Quanto mais simples a dor, mais difícil é o diagnóstico preciso. Essa dificuldade se deve à complexidade estrutural das costas – ossos, nervos, músculos, discos intervertebrais, ligamentos. É preciso saber exatamente qual dessas estruturas é a responsável direta pelo desconforto. Cerca de 90% dos pacientes apresentam dor lombar devido a excesso de uso, trauma ou deformidade de uma estrutura anatômica; 10% dos pacientes manifestam uma doença sistêmica. Devido a esses fatores, a avaliação clínica do paciente é muito importante para saber qual a real origem da dor. O médico deve ser atencioso e o paciente deve fazer uma história detalhada e um exame físico minucioso, o que irá orientar o pedido de exames complementares muitas vezes necessários para confirmar a hipótese diagnóstica.
A dor de natureza muscular está associada aos espasmos, que por sua vez podem desencadear uma série de conseqüências. Grande parte das pessoas recupera-se bem de quadros agudos de dor nas costas, porém, muitos evoluem para um quadro crônico que pode ser causa de grande sofrimento. Assim, duas ações importantes no tratamento da dor aguda são reduzir o tempo de recuperação e prevenir o desenvolvimento de dor crônica.
Neste aspecto, a acupuntura – reconhecida como especialidade médica desde 1995 – pode exercer importante função na administração de casos de dor nas costas aguda e crônica, e seu papel é apoiado pela pesquisa clínica. Ela interrompe o ciclo da dor, sendo particularmente útil no tratamento de espasmos musculares. Dor no pescoço e no ombro, no quadril ou dor de cabeça são outras síndromes dolorosas que freqüentemente existem associadas à dor nas costas. Estas também são amenizadas pela acupuntura.
Pesquisas mostram que a acupuntura induz o organismo a produzir esteróides, que diminuem a inflamação. Além disso, esta tradicional prática da medicina chinesa estimula a produção de endorfinas, analgésicos naturais do corpo; melhora a sensação de bem-estar, o humor, a qualidade do sono e o relaxamento global, contribuindo, dessa forma, para diminuir o espasmo e permitindo que o paciente execute melhor suas atividades. Outra vantagem é a possibilidade de reduzir a necessidade de medicamentos, diminuindo o risco de efeitos colaterais. Reduzindo a dor aguda nas costas, a acupuntura pode tornar a dor crônica menos provável de ocorrer.
Dr. Aderson Moreira da Rocha
aderson@infolink.com.br
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