Se você conhece várias dietas da moda, sabe distinguir um alimento nutritivo do calórico, sabe o que fazer e não fazer para emagrecer, sabe de cor os nomes dos remédios que prometem emagrecimento rápido e sem sofrimento, sabe o que é carregar vários potes de remédios na bolsa e ficar atento ao horário, pois são grandes aliados no seu processo de emagrecimento, tem consciência que está acima do peso, sofre consequências físicas do sobrepeso: falta de disposição, baixo condicionamento, dores no corpo, etc., não consegue se libertar do efeito sanfona (o famoso engorda e emagrece), come compulsivamente, muitas vezes sem fome e à noite, peregrina de médico em médico, de dieta em dieta. Enfim, se você já tentou vários métodos e não conseguiu emagrecer ou voltou a engordar depois de um período, então está na hora de incluir a Psicologia no seu Programa de Emagrecimento.
O emagrecimento se baseia em três fatores: Reeducação Alimentar, Atividade Física e Equilíbrio Psicológico.
O primeiro lugar que precisamos emagrecer é na mente! É necessário eliminar os gatilhos que nos fazem comer pela emoção, tomar consciência dos nossos padrões de comportamentos, revisar e entender qual é relação do nosso estado emocional com a comida, porque nos sabotamos, etc.
Para emagrecer, o tratamento básico consiste na mudança de hábitos alimentares e de atividade física, ou seja, comer menos e gastar mais energia. Isso você sabe. Infelizmente, uma coisa é saber e outra é fazer! A grande maioria das pessoas SABE O QUE FAZER, MAS NÃO CONSEGUE. Por alguma razão que desconhecem, sabotam a própria dieta. É nesse ponto importante que entra a Psicologia.
Para mudar de peso você tem que mudar de comportamento e mais, emagrecimento não é só mudança de peso, é Reeducação Alimentar e Comportamental.
Qual é a relação entre AFETO e COMIDA?
Como estão suas emoções? Você as leva ao prato? A compulsão por comida motivada por razões emocionais é a segunda maior causa de obesidade no mundo. Muitas vezes, as pessoas comem porque se sentem entediadas, solitárias, infelizes, cansadas, ou por qualquer outro motivo que não esteja diretamente relacionada á necessidade de se alimentar.
Um dos grandes causadores do comer compulsivamente são os problemas afetivos. Perdas, decepções, frustrações, necessidade de agradar ou ser aceito, rejeição, rompimentos, luto, dentre outros, podem favorecer a alteração no comportamento alimentar, levando o indivíduo a comer demais ou até compulsivamente. O alimento, nesse contexto, seria um substituto do afeto perdido. Aquele bolo de chocolate ou prato calórico se tornam um carinho que a pessoa se faz.
Irei utilizar da Psicologia do desenvolvimento para explicar uma associação emoção-comida. Um bebê quando chora lhe é oferecido o seio ou a mamadeira. Ele pode chorar devido a vários fatores: fome, frio, calor, sono, dor, dentre outras causas. Geralmente uma das primeiras soluções a ele oferecida para aplacar o sentimento desagradável é a comida. A comida vai se tornando assim “o primeiro antidepressivo ou ansiolítico”, pois aprendemos inconscientemente que ela é uma das primeiras estratégias para lidar com sensações desagradáveis, ou seja, com as primeiras frustrações.
Mais tarde, quando as frustrações afetivas ocorrerem, algumas pessoas, diante da impossibilidade de saber lidar com a situação ou de “anestesiar” o mal estar interno, poderão reativar esse antigo esquema. Comida = Bem estar. Dependendo do contexto em que isso ocorra, o cérebro começa a criar outras funções para o alimento que não só a de objeto de nutrição. O alimento passa a ter uma função afetiva. Ele pode significar amor, afeto, carinho, etc e se torna uma bengala.
É inegável que a comida se torna em muitos casos, um poderoso objeto de redução de ansiedade. Quem nunca sentou em um restaurante após um dia estressante ou após uma briga e pediu um prato bem calórico e disse: Hoje eu “mereço” comer bife com bata frita, uma feijoada, um brownie, e por aí adiante ?
O problema é que esse falso “merecimento” ou afeto disfarçado de comida, causa efeitos desastrosos para a saúde e a estética, se ingerido em excesso.
Psicologia: Uma arma poderosa no Emagrecimento
Não se iluda! Há uma forte relação entre emagrecimento e autoestima. Você precisará mudar algo mais que o peso para emagrecer e manter-se magro. Se você não fizer nada em relação à ansiedade, ao vazio existencial, aos sentimentos de rejeição e abandono, à depressão, raiva reprimida, etc, continuará tendo um campo fértil para a auto sabotagem.
Relação Mente X Comida
Várias necessidades são determinadas pelo corpo, tais como: sono, sede, fome, mas quem determina quando e como saciá-las é o cérebro. Exemplificando, o corpo necessita de alimentos, mas quem escolhe quais alimentos irá ingerir é o cérebro.
Se você está acima do peso, a culpa pode ser da sua atual programação mental e não há dieta, remédio ou livro que possa mudar isso. A única maneira de emagrecer e não voltar a engordar é modificar de uma vez por todas, no seu inconsciente, sua relação com a comida.
O Cérebro é como um computador, os comportamentos são como softwares. Você pode ter desenvolvido um software ineficiente sobre o ato de alimentar-se. A boa notícia é que, depois que aprender a reprogramar sua mente, você não terá dificuldade em adquirir novos hábitos de pensamento e atitudes que garantirão seu sucesso.
É praticamente impossível abandonar um hábito apenas com a força de vontade. É preciso reprogramar a mente.
A Imaginação é muito poderosa e os profissionais da área de marketing sabem disso. Quando lê um cardápio, você prova mentalmente os alimentos antes de decidir o que irá pedir. É devido a isso que os grandes restaurantes se empenham em descrever nos cardápios os pratos com termos bem apetitosos.
Responda com sinceridade. Quais os pratos você escolheria em um cardápio:
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Suculentas fatias de salmão ligeiramente defumada e aromatizadas ao endro, com molho de alcaparras, com risoto ao funghi ou peixe assado com arroz de cogumelos marrom?
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Suculentas costelas ao molho barbecue ou cadáver de porco com molho com aparência de sangue?
O assunto é muito vasto mas na verdade, a Psicologia ajuda às pessoas a modificarem comportamentos compulsivos de uma vida inteira e propõe uma reprogramação mental no que tange a relação Alimento x Emoção.
Como é o tratamento psicológico no Processo de Emagrecimento?
É um tratamento complementar ao tratamento médico-nutricional. Uma vez por semana você irá ao consultório de um profissional que conheça bem a área de emagrecimento e de transtornos alimentares e procurará identificar as emoções e mecanismos, que nem a Medicina nem a Nutrição trabalham. Reconhecerão a razão de comportamentos que surgem de repente e bota por água abaixo os seus planos.
A duração da Terapia varia em cada caso. Alguns fatores são fundamentais, tais como: relação Psicólogo- Paciente, seu empenho e perseverança na meta de emagrecer. Se você faz parte daquele pequeno grupo desinformado que acha que Psicólogo é para loucos ou perda de tempo, se faça algumas perguntas: Quanto tempo você levou para engordar? Qual o grau de sofrimento que a gordura lhe traz? Qual o prejuízo pessoal, físico e social que você está tendo, permanecendo acima do peso?
Lembre-se: Não se cura ansiedade e tristeza com comida! O emagrecimento deve vir de dentro para fora. Trate seu corpo com respeito e carinho.
“Você precisa ser feliz para emagrecer e não emagrecer para ser feliz”