13 de agosto de 2014
13 de agosto de 2014

Reconhecimento ao atendimento individual em Fisioterapia

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Com a decisão do Ministério Público Estadual, que acatou a denúncia do CREFITO-13, orientando a participação do PROCON-MS na fiscalização das clínicas de Fisioterapia de Dourados, a qualidade da assistência fisioterapêutica oferecida aos usuários de clínicas de Mato Grosso do Sul ganha outra versão. O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional de MS já tem história, lutando por medidas que ofereçam maior dignidade aos profissionais de Fisioterapia e agora, a coibição da prática de atendimentos múltiplos é uma conquista inédita e que deve ser seguida por municípios de todo o país.
O quadro de cada paciente é específico. Assim como outros profissionais da saúde precisam atender individualmente para garantir a eficiência do trabalho a ser aplicado, com o fisioterapeuta não é diferente. As necessidades de cada paciente são únicas, logo o procedimento que o fisioterapeuta irá adotar deve ser diferenciado e não aplicável a vários usuários. Mas, infelizmente, a desvalorização do profissional ainda é grande, com remunerações ínfimas que obrigam o fisioterapeuta a alterar o atendimento individual de seus pacientes para suprir o mínimo de suas necessidades. A consequência dessa realidade na área é a mesma para a grande maioria: profissionais frustrados e pacientes insatisfeitos com os tratamentos.
Os planos de saúde pagam quantias irrisórias aos profissionais por um atendimento fisioterapêutico e, além disso, permitem poucas seções aos seus clientes, o que, geralmente, é insuficiente para a recuperação dos pacientes. O tratamento particular, por sua vez, tem contraste considerável no tocante aos valores e qualidade do atendimento, mas a parcela de profissionais que podem trabalhar em seus próprios consultórios ainda é mínima. Muitos fisioterapeutas acabam, então, sujeitando-se aos valores baixos compensados com múltiplos atendimentos por vez e a Fisioterapia, nesses casos, torna-se pouco resolutiva, gerando pacientes descrentes do nosso potencial.
A medida adotada em MS deve ser um referencial aos outros municípios do país que também estão inseridos nesse modelo retrógrado de atendimento fisioterapêutico. Nós, fisioterapeutas, devemos valorizar as habilidades que cultivamos. E essa valorização consiste em adotar iniciativas que nos deem direito a salários respeitáveis e equivalentes à importância dos serviços que prestamos. Aceitar salários desprezíveis para conseguir pagar as contas no final do mês não é uma atitude de respeito a você mesmo e a sua capacidade profissional. Com uma remuneração justa, nossa carga de trabalho tende a ser menos pesada e isso, naturalmente, refletirá na qualidade e eficiência do trabalho executado, evitando recorrências nos usuários da Fisioterapia, após o fim do tratamento.
Com a valorização merecida de nossa profissão, nossos pacientes também só têm a ganhar!
Grande abraço,
Helder Montenegro.

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